"A maior das viagens começa com um simples passo..."
- João P. Cliché in "Memórias de mis frases-feitas"

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

As coisas que o Chico perdeu

Bem, nao me podia despedir deste blog sem fazer o mitico post, aquele de que tenho estado a falar a viagem toda.

Quem tem lido o nosso blog ja se deve ter dado conta que o meu companheiro de viagem e assim um pouquinho para o distraido. Para quem nao esta bem a compreender a dimensao da coisa, aqui vai a lista das Coisas que o Chico Perdeu em 25 dias:
- Maquina Fotografica da Marina (no segundo dia de viagem)
- Brigida (encontrada depois de algumas horas)
- Toalha de Banho
- Shampoo
- Sabonete
- Telemovel do Chico
- Telemovel da Marina (encontrado pelo Pascal, actualmente na posse do Oliveira, que nao quer que lhe paguemos uma cerveja!)
- Óculos de Sol (encontrados despois de ja termos feito o luto e o velorio)
- Documentos ( cuja busca nos custou dois taxis e um rombo no orçamento, mas que foram encontrados)

Coisas que o Chico nao perdeu durante a viagem:
- iPod.

Mais alguem esta interessado em viajar com o Chico?

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

esta a acabar...

estou enraivecido porque estou a escrver num "azerty. para quem nao sabe oque e, perguntem ao nerd mais proximo...

e pois, amanha acabou o inter e eu pergunto me se mais algum tera a frescura que teve quanto...
ficam para tras as paisagens estonteantes, a bebedeiras, os comboios descpotaveis e os locals unfriendlies. Para a frente so a promessa de muitas repetioes do que ja passou.
Ja escolhemos uma proxima viagem e procuramos interessados: fazer a italia de norte a sul de carro e tenda. sim, leram bem, de piemonte a sicilia em quinze dias.

Agora para terminar, um top dos pontos que visitamo (sem qualquer ordem):

Lopud
Torino
Budapeste
Bled
Ljubljana (Lubi pos amigos e Ana pa familia)


ps: arranjamos a eternamente fugaz tshirt de Jack Daniels!

ate amanha! (a noite vamos beber po deck!quem quiser apareca)

chico

domingo, 24 de agosto de 2008

Mais nenhum tem a frescura que tem Quanto.

Estamos na eslovenia e o bom amigo Andre Silva veio visitar-nos.
Parecia uma visita amigavel mas na verdade era uma tentativa de assassinato colectivo. Modus Operandi: envenenamento por Vodka B&S.

Da noite nao posso contar muito, porque ou nao me lembro ou sao episodios de mau gosto. Procuramos skinheads, encontramos portugueses, bebemos ate cair para o lado, atiramos plantas para os telhados, fugimos da marina.

Foi uma noite muito suja. A marina limpou.

A noite teria sido memoravel se eu me conseguisse lembrar dela.
A marina lembra-se bem demais.

Episodio seguinte: Bled.

E o paraiso na terra. Por muito que eu tente, nao vai dar para explicar ou descrever acertadamente a paisagem. Imaginem: Um lago no meio de um vale rodeado por montes com neve nos picos. No meio do lago, uma ilha minima com uma igreja. num dos lados do lago, uma escarpa com um castelo no topo. E favor pedir fotos.

"Acabamos" por remar ate a ilha onde refrescamos os nossos pezinhos na agua translucida.

PS: os locals sao muito friendly

PS2: o Silva nao sabe remar. Se ele vos disser que vai ao ginasio, ta a mentir.

Pristi Stacine: Firenze

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

refeicao de luxo

- Aih, com o dinheiro todo que ainda temos bem que hoje podiamos almocar no mcdonalds hoje.

O quao preocupantee quando o Mc tornar-se uma refeicao de luxo?

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

A guitarra chamada brigida

Era uma vez uma guitarra. Corrijo. Uma guitarrinha. Chama-se brigida e tem uma particularidade podia ser muitoooo fixe e muitoooo irritante!
Ela e a guitarrinha que nos tem acompanhado pela viagem (com as devidas indicacoes dos paises por onde passamos. Toca tudo. Desde musicas que ninguem (ou seja a marina) conhece ate o Homem do Leme. E isso leva nos a outra guitarra.
E maior do que a brigida e chama se Madalena.
A boa parte e que quando a Brigida e a Madalena se juntam (com quatro cantores portugueses cinco estrelas) chegam ate a receber quinze centimos de moedinhas no chapeu.
E esta e a historia de como a Brigida tambem fez amigos nesta viagem.
Agora somos tres por ca.
E ninguem se atreva a voltar a chamar a Brigida de "a guitarrinha do chico".

Romenia Superstar!

A Romenia foi o pais MAIS do interrail.
- As pessoas MAIS feias.
- O pais MAIS barato.
- Os comboios MAIS bizarros.
- Os locals mais friendlies.
- Os locals mais mal dispostos.
- O pais que fala MAIS ingles que a hungria! (nao sei como e possivel)
- A agua "MAIS" boa.
- O pais MAIS engandor.
Isto porque foi na Romenia que descobrimos uma verdade que mudou, definitivamente, as nossas vidas. Vlad, o Impalador e, na verdade, Vlad, o Empregado de Mesa.
Portanto as oito da manha vem o senhor do hostel acordar-nos (sim, isto porque perdemos OS telemveis e, portanto, OS despertadores).
Sai do hostel, apanha o comboio (bizzzzaarrrrrooo). Tres horas depois chegamos a Sighisoara.
Iamos ver o castelo do Conde Dracula.
- Uau!!! que bela cidade
- Olha aquilo que giro!
- Sim, e aquela torre!
- UAU!!!
- So almočamos depois de ver o castelo.
hmmm....
(agora menos entusiasmados)
- Mas ves por ai algum castelo?
- Hmmmmm.
- E isto!
- Nao. uma igreja.
- Sorry where is the castle of dracula?
- Castle? No castle here. Here where dracula was born. On that house. Now is a restaurant.

E foi assi que visitamos a casa onde o dracula nasceu (yupi?). E descobrims que na casa de Vlad Tepes ha muitas mesas, comidas e sobremesas deliciosas.

Bem... pelo menos almočamos por dois euros (e que bela pratada de massa que foi)

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Explicacoes surreais

Perdi o meu telemovel numa quinta feira.

Numa sexta perdi o da marina.

Foi no comboio que saiu de budapeste para bucareste com paragem em brasov. la conhecemos tres personagens. Ian e Rob, ingleses cinco estrelas e um peculiar alemao que parecia uma caricatura de si mesmo. ALguns de voces nao so ouviram falar dele como o ouviram falar. A questao e : chegamos a brasov e sabendop que o tinhamos deixado no comboio, havia a infima hipotese que o Pascal atendesse. Atendeu e revelou se a segunda vinda de jesus cristo: impecavel e prestavel.

I ll send you as soo as possible.

Parece que nao foi preciso porque, ao que parece, o destino esta do nosso lado: o pascal encontrou o oliveira em bucareste, que por acaso conhecia a marina, que por acaso falou com o pascal sobra a marina, que ligou ao almeida para confirmar a relacao com a marina dando um final bizarramente feliz a nossa historia.

temos escrevido pouco porque nao temos tido nem tempo nem net.

estamos ha 36 horas acordados.

boa noite

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Szimpla

A rua era duvidosa (muito). A conversa que se ouvia era a seguinte:
- Ah, portanto sao estes os gajos que nos vao roubar os rins.
Mas os nossos amigos nos diziam que iria valer a pena. Fomos na confiaca.
A entrada tres tipos, nos seus cinquenta anos, alimentavam a sua bebedeira. Nao havia porta, nem hall, nem louge. Havia paredes com buracos, encanamentos a mostra e a direita um quatro con bicicletas penduradas na parede e contetores de lixo.
Continua-se a andar em frente e BUM.
Um bar gigante (dois andares, varanda, patio). Meio litro de cerveja (da forte) custava dois euros e as pessoas falvam aquela lingua que nao percebemos.
Pus me a imaginar como foi montada aquela decoracao. Imagem dois tipos que um dia compraram aquele casarao abandonado e sairam para ir a compras de mobilia. Imaginem-nos no ferro velho e nas lojas de segunda mao. Esta mesa com uma perna partida deve servir (um pouco de verniz, um pouco de tinta e ja esta), esta cadeira de ferro cheia de rorocos barrocos ficava era bem se a pintassemos metade de verlho e outra metade de azul (da um ar cool). As compras comecaram assim. Mas eles foram empolgando-se. Quando deram por eles tinha comprado um carro amarelo (em que os assentos fazem de cadeiras e o volante faz de mesa), umas televisoes velhas (que exibiam umas imagens psicadelicas) e duas banheiras.
Nos ficamos nas banheiras (cortadas de um lado e revistidas de almofadas para nos podermos sentar).
O resto e a historia de como jogos para beber transformavam noites em noites memoraveis.
E viva Budapeste.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Budapest? No Budapest

O terreno esta a tornar se cada vez mais escorregadio. Na polonia nao sabiamos comunicar mas, como diz o chico, eles pelo menos conheciam a linguam universal dos gestos. por aqui nao.
Estavamos, portanto, no comboio de cracovia para budapest quando, as cinco da manha, entra o controlador do bilhete.
- Budapest? No Budapest, this train Bucharest.
Nao nao mas nos compramos bilhetes para budapeste, estava la escrito quando o comboio chegou temos a certeza que estamos no comboio certo.
- No, no Budapest, Bucharest. Must leave.
- But how? Why?
- No Budapest, this train Bucharest.
- Where are we?
- Must leave. This train Romenia.

E essa foi a historia de como andamos perdidos pela Hungria Rural ate (algumas horas depois e muita linguagem gestual praticada) termos conseguido chegar a Budapest.
Confirma-se. Aqui ninguem fala ingles. O melhor e: ele falam connosco em hungaro como se percebessemos tudo. E nos rimos. Ja que se disseremos "no hungarian, just english" eles nao iriam perceber de qualquer forma.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Decisoes

Decidimos alterar ligeiramente o percurso do nosso interrail.

Agora, a seguir a Budapeste (que pelos vistos sao duas cidades, Buda e Peste) vamos para Bozar na Transylvanya e depois Sarajevo, depois Split, depois Dubrovnik, depois quem sabe Albania, depois Ljubliana, depois Bled, depois Veneza, depois Cinque Terre, Turim e finalmente Lyon.

Ate mais ver.



Ja nao volto....

Pirogi

Encontrei o meu alimento preferido de todo o sempre: Pirogi Ruska

Que e como quem diz Dumplings Russos mas sao melhores do que qualquer dumpling. Massa de baatata enrolada em massa de batata com molho de batata e acompanhado por batata.

Bom.

A ronda dos mendigos

Seis da manha. Bate o revisor na porta do compartimento.
- Gindobrie, you will arrive in krakow in 20 minutes.
Olho para o relogio: seis da manha. Volto a olhar. Continuam a ser seis da manha. Fecho os olhos e sinto o cancaso do meu corpo: confirma-se, sao seis da manha.
Chegando ao hostel, a senhora da recepcao diz-nos: O check in e so as duas da tarde.
Fizemos as contas. Oito horas. Ainda faltavam oito horas ate podermos dormir de novo.
E diz a Marina numa tentativa de optimismo vigoroso:
- Va! Vamos conhecer a cidade e as duas voltamos para dormir!
Do outro lado um som que me pareceu um sim. La fomos nos.
Andavamos em marcha lenta. E a nossa cabeca insistia em lembrar-nos:
Sono, sono, sono. Cansaco, sono, cansaco. Exaustao.
- E se nos sentassemos um pouquinho neste banco?
De sentados passamos a deitados e, num segundo, a conversa deu lugar ao silencio.
O momento foi interrompido por uma voz autoritaria:
- What has happened here?
Um sobressalto! Ahm? O que? o que se passa? Ah, e para abrir os olhos. Choque. Um policia. Um carro de policia. Umas cacetete, umas algemas. Ahm?
O coracao parou. Nao consegui falar.
O chico la tentou explicar. O senhor percebeu. Deixou-nos com o aviso.
- Don't sleep again in public spaces.
Nos assentimos e vimo-lo seguir a "ronda dos mendigos". O proximo mendigo estava no banco ao nosso lado. Nao devia tomar banho ha um mes e, provavelmente, estava bebado.
La no fundo identificamo-nos com ele.
Isso assustou-nos e fomos conhecer a cidade.
Olhei para o relogio. Eram oito da manha. Ainda faltavam seis horas para podermos dormir de novo.

Imi!

- Ti tidi mimidi! - disse o Chico num bar checo qualquer entre canecas de cerveja.
E assim se iniciou a conversa.
- Voces tem uma lingua propria e? - pergunta o Tristao.
- E a linguagem bebederia, basta substituires as vogais por i. Tipo, Ti tidi mimidi.
O Tristao achou querido.. Nos continuamos a conversa. Mas, de repente, um problema de comunicacao.
- I qui? - pergunto
- IMI! - diz o chico
- ih?
- IMI!
Olhei para o tristao e disse: Nao o percebo. E foi entao que o tristao concluiu:
- Ele esta a dizer que de ama. Amo = Imi.
No fim descobrimos que o que ele estava a dizer era que queria pedir mais "IMI" cerveja.
I quisis qui ninqui midim!

domingo, 10 de agosto de 2008

Tugas!

A coisa mais gira de ser Tuga (marina nao incluida!) e procurar tugas noutras partes do mundo. Quando penso nisso lembro-me sempre da Laetitia e de como ela ficava irritada por estar sempre a esbarrar com franceses em todo o lado. Com os brasileiros passa-se o mesmo. Parecem uma praga (ahaha apanharam a piada?).
Mas com os Tugas e diferente. Sao raros e andam sempre aos molhos. A teoria em relacao aos tugas comecou cedo.
Os tugas sao vampiros. Andavam em Amsterdao, nao se sabe bem onde, (talvez nos museus que nao tinhamos dinheiro para pagar) e so os viamos a noite. Hordes e hordes de familias dos nove aos 99. Mas hoje a teoria foi superada. So alguns tugas sao vampiros. Ha outro bem diurnos, e andam em grupos de 100.
- Olha ai os velhinhos a comprar santos
- E os estupidos passaram nos a frente
Foi entao que percebemos. Os velhiunhos eram tugas. Uffa... que sorte que nao nos ouviram.
- Tambem sao portugueses? - pergunta a velhinha, contente por nao ter mais de arranhar o seu ingles
- Sim - Dissemos em coro enquanto pensamos desesperados: ouviu-nos ou nao?
- Ja viram ali a Nossa Senhora de Fatima a venda na loja?

E foi entao que percebemos. Os tugas ou sao vantipiros e andam em familia, ou sao diurnos e compram souvenirs de Nossa Senhora de Fatima em Praga.
Ai esta uma boa teoria!

farofa em monumento publico

Se ha uma coisa boa de ser "motchilero" e ter permissao para fazer coisas que com uns saltos altos e algum dinheiro no bolso ficaria mal a qualquer um.
Hoje elegi a minha preferida. Farofa em monumentos publicos.
Tudo comeca no supermercado (o nosso ja leal amigo)com as nossas compras que nao podem, sob hipotese nenhuma, ultrapassar os cinco euros. Tudo num saquinho plastico e estamos ready to go.
Mas e quando estamos em frente a ponte de Praga ou na praca principal de amsterdao que, invariavalmente, ha um que se vira para o outro e diz:
- Que tal almocar agora?
Entao senta no chao (coisa que tambem so e permitida aos motchileros) e comeca a fazer a "sande de queijo e fiambre" (ultimamente tem sido salame, para variar), saca da cerveja e depois ainda vem uma frutinha. Tudo isso (por cinco euros!!) e com direito a vista para o maior monumento da cidade.
Isso sim e vida!

sábado, 9 de agosto de 2008

Nuestros Hermanos

Belgica. Bar Delirium.

Uma cerveja (Bush).
Duas cervexas (judas).
Teres cerevexas....(judas)
Quteroi ceriveji.....ja nem m lembro da marca

A marina comeca a engatar uns belgas e uns chilenos, o filipe, e denos por nos a beber com La Raza. Ca granda bebedeira.

Tudo somado, temos irmaos no chile po que der e vier.


PS: aconteceu uma coisa de extrema gravidade mas isso nao conto.

Adeus e ate Bratislava. Ja nao volto.

Fur Damen

Ja tinhamos feito um amigo americano \ pro obama \ musico \ pescador no alasca quando chegou o sr. revisor.
Falou em alemao. Ninguem percebeu.
- Tickets.
Ahh ok. La demos os bilhetes com aquele sorriso nos labios que qualquer interrailer tem p[or so pagar 1\10 da quantia.
- Fur Damen
- Ahm?
- Fur Damen.
E, quando o chico se preparava para fazer um discurso sobre a sua masculinidade percebemos:
A carrugem era so para "damas".
E agora?
Essa parte eu nao conto porque me embaraca um pouco explicar como o meu namorado se fez passar por dama o resto da viagem.
Mas as boas noticias sao: Ja estamos em praga.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Problemas para comecar

o primeiro problema e que os teclados aqui nao tem nem acentos nem cedilhas.
o segundo e que ta a chover.
o terceiro e que compramos um cadeado para o locker e a marina perdeu-as!!!! sim!!! a marina!!!!

o quarto e que nao sabemos onde ir porque temos de tar em praga dia 10 e ja vimos amesterdao inteiro. ja ouviram falar de alguem que tivesse de fazer tempo em interrrail?

adeus. ja nao volto.

ps: vamos fazer tempo a bruxelas.

Encontramos o rock & roll...

estava debaixo da chuva intensa que se abateu sobre amsterdao.

Sex, drugs and rainy amsterdam rocks!

Falta o Rock n Roll

Chegamos a amsterdao e disse ao meu companheiro de viagem:
- Amesterdao ve-se em dois minutos.
Mostrei lhe os pontos mais importantes e ele disse:
- Amesterdao e drugs and sex. Agora falta o rock n roll.
E nos fomos em busca dele.

A bomba!

No nosso comboio houve uma ameca de bomba (que depois revelou ser apenas uns papeis qeu resolveram se com uma vassoura). E o Chico continua a fascinar / afugentar gente com a sua mini-guitarra.
As viages de comboio prometem.
P.S - Ontem os americanos que se sentaram ao nosso lado no comboio disseram:
- Ah, esta juventude... a beber cerveja as nove da manha!
Que fique bem claro que nos tambem reprovamos esse tipo de atitude... tss tss

Um bifinho maravilha

Viajar e diversao garantida (mais nao seja pelos stresses que se passam)
- ah e tal vamos de interrail, nem consigo dormir.
Aeroporto, sorriso de cortar os labios, felicidade absoluta. No quadro dos avioes alguns atrasos
- ahahah bem feito pra esses riquinhos que viajam de tap. A easyjet nunca atrasa!
- O nosso voo e as 14?
- Sim
- Parece que nao mais.
La ficamos nos mais duas horas a espera do aviao (o que nos valeu foi o bife ao almoco)

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Para o que der e vier. Lá vamos nós!

A diminuição de quilos da mochila não ajudou ao nervosismo.
- Vou adoecer
- Não vamos apanhar o avião.
- Obvio que vamos ser assaltados.
E depois lembro-me da história da amiga da Natividade: assaltada no segundo dia de viagem. Roubaram-lhe tudo, voltou para casa. No Money, no trip.
- Vão dar-nos porrada em Leste.
Meu irmão: homens mal encarados no comboio. Mão alheia na sua mochila. Chapada na mão alheia. Inicio de porrada na carruagem. Conselho: cuidado, comboios de Leste são muito perigosos.
- Não vai haver hostel
- Não vão haver comboios
Estações queimadas, horas e horas de atraso, dias e dias presos numa cidade desinteressante
- Vamos ficar sem dinheiro a meio da viagem.
- Vamos discutir, enjoar e voltar de relações cortadas.
- Não vamos fazer amigos.
- Não vou aguentar de dores nas costas. Não, pior, vou ter um problema de costas no primeiro dia e vou ter de ser operada de urgência.

Talvez isto seja só peso na consciência pela mochila pesada. Vou tirar as sandálias. Pode ser que melhore.

Cambaleante

Malas prontas. Ou deveria dizer, mochila superlotada?
Tudo começou com um ligeiro pânico. Liguei ao meu companheiro de viagem com uma pequeníssima preocupação na voz:
- Acho que estou a levar roupa a mais…
Fui enchendo, enchendo, enchendo.
- Ah, mas ainda cabe muita coisa. O melhor é levar também aqueles sapatos e aquela camisola para caso faça frio. O livro, os óculos, o esticador para o cabelo (sim, ele vai).
Ia cabendo tudo e a Marina cada vez mais contente.
Mochila completa (e ainda vazia) é hora de fazer o desfile pela casa.
- Que tal está o meu look interrail?
- Um pouco cambaleante – responderam do outro quarto.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Straightener (assim com um sotaque bem inglês)

Ultimamente tenho me debatido com um grande dilema. Levar ou não levar o meu straightener para o interrail? Eis a questão.
- Mas aquilo é para a descontracção, não vou sequer lembrar-me de esticar a franja.
Claro, claro. Que estúpida! Como é que estive quase a ponto de me render a tal futilidade?
- No interrail vamos tirar tantas fotos e depois não vou poder imprimir nenhuma delas porque vou sair feia em todas.
Oh, o straightener também não pesa assim tanto! Qual é o problema de levar? Acho que devia mesmo faze-lo por compaixão para com o meu companheiro de viagem já que o dito instrumento irá poupa-lo de largas horas de crises existências “aihh sou tão feia!! Nunca mais saio em fotos, aih!”.

Outro dia estive a segundos de ir pesa-lo, na balança super sensível do meu pai, para ver quantas gramas tem o dito instrumento.
- Se não for tão pesado não tem mal levar.
Mas desisti.
Depois lembrei-me de quanto me custou o tal straightener.
Caro, muito caro.
- E se depois o perco ou estrago, ou pior (!!) descobrem que eu tenho esse utensílio valioso e tentam roubar-mo?
Morria.

Enquanto pensava nisto lembrei-me de todas as outras coisas que não caberão na minha mochila de 70 lafões.

Brincos e colares? Ficam. (oh, se não levar o straightener tenho espaço para levar uns brinquinhos!)
Almofada e lençol? (ah.. a minha querida almofada...) Ficam.
Mas fica também aquele top muita giro que iria arrasar na noite de Amesterdão mas que, infelizmente, precisaria ser passado a ferro antes de ser usado.. (ah, mas se levasse o straightener talvez desse para usar como ferro... e, sim, eu já fiz isso algumas vezes)
Fica também o creme para caracóis perfeitos e.. (ah, mas com o straightener não preciso de caracóis! Já tenho a franja perfeita e isso basta!)

Cheguei à conclusão que nenhuma das outras coisas importa. Tudo o que quero saber é: Levo ou não levo o meu (querido, adorado, ai vou ter tantas saudades tuas, és tão bonito e tecnológico, já te disse que és o meu melhor amigo?) straightener?


* P.S 1 – Este post foi sugerido pela i.
* P.S 2 - Para quem não sabe, straightener é aquele ferrinho para esticar o cabelo!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Adeus.

Ontem disseram na televisão:
- Não perca, na próxima semana, a estreia de mais uma série de amor-lamechas, na Sic Mulher!
- Claro que não! Obvio que não vou perder! – disse eu para a televisão (enquanto batia palminhas de felicidade!)

Mas, de repente, dei-me conta que não iria poder ver a estreia.
Drama, drama, drama.
Nem a estreia, nem a primeira temporada da nova série. Que depois, quando voltasse, já estaria desfasada, não conheceria os personagens e iria sentir-me totalmente posta de parte no mundo das séries lamechas! Percebi que quando alguém fizesse uma citação num post não iria mais poder pensar. “Ah, isso foi dito pela personagem principal da série lamechas X, no episódio em que ela e ele têm uma crise conjugal por causa do Y”.

- Vais já na terça, que sorte!!
- Pois...
Mas e todos os programas que vou perder na televisão? Espera! E as repetições do Project Runway? Adoro-te, vou ter saudades, volta logo, já estou arrependida de não te ter visto do domingo passado. Quando eu chegar será que poderemos voltar a encontrar-nos? (E eu que nem vi a colecção vencedora do Christian...)
E então agora, durante as férias, para azar do meu companheiro de viagem, terei de dissertar sobre os ensinamentos do Amor no Alaska, para ver se me sinto um pouco melhor por ter abandonado a minha série lemechas de estimação.
E o Oliver? Coitado. Aposto que ele vai sentir a falta dos meus suspiros sempre que ele trata as pessoas por “darling”.

Mais ou menos assim, oh Silva e Almeida...


terça-feira, 29 de julho de 2008

Kebab

O meu irmão chegou ontem de interrail. Estávamos na nossa típica conversa de “contar aventuras”, (por estranho que pareça, desta vez ele contava e eu ouvia) quando lhe pergunto como ele fez para comer.
- Comer? Que nada! Nem comi.
- Como assim não comeu?
- Ah eu comia comida de mochileiro.
- Sério? O que é?
- Gyrus.
- Gyrus?
- É.. aquela carne nojenta que fica rodando.
- Kebab?
- Ah, não sei, o pessoal chamava de Gyrus.
Deixando de lado o facto de ter descoberto um novo nome para o Kebab (que até então só conhecia como Pita, Kebab, ou como chamava a Inês, Turquish Pizza), pus-me a pensar nesta mecânica do Kebab.
Quando alguém chegava a Turim, uma das primeiras coisas que eu fazia era leva-las ao Kebab: “É a comida típica de Turim”, dizia eu num tom sério. As pessoas comiam e adoravam.
Depois de voltar para Portugal, foram inúmeras as vezes em que surgiu a típica conversa:
- E a comida lá era boa? Muita massa e pizza?
- Ná. O melhor de Turim era o Kebab
- Não, não não! Tas a brincar? O melhor Kebab é o da Holanda.
E a mesma conversa repetiu-se, vezes e vezes sem conta, sendo que a única palavra que se alterava era o país. Afinal o melhor Kebab existia em Turim, em Haia, em Praga, em Paris, em Berlim, em Istambul, em Helsínquia.... E eu conclui.
Kebab é comida de Erasmus.
Mas agora deitaram-me a teoria por terra. Descobri que Kebab (ou Gyrus) é também comida de Interrailer. Então que venham os Kebabs. Só espero que não me custem, outra vez, mais sete quilos.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Selk

Para toda a gente que entrou na conversa dos sacos-cama:


NAO QUERO SACO CAMA DE CASAL PARA NADA!!!!!!!!!
woohoo! Iglo-style!!!

As merecidas férias

Sabemos que estamos mesmo a precisar de férias quando:

- Sabemos de cor o dia da semana que a nossa chefe vai jantar a casa dos pais.
(E perguntamos no dia seguinte: “Então? O teu pai está melhor do joelho?”)
- Temos uma teoria completa (com argumento, contra-argumento, case study e conclusão) sobre quando é que a jornalista ao nosso lado traz calças e quanto prefere optar por saias.
- A nossa chefe faz o seguinte comentário: “Muito giro esse teu colar, ficava era bem com o top que trazias na quarta feira da semana passada”.
- Sonhamos com a mesinha de cabeceira do nosso editor (que tem uma tábua ao contrario por enganou-se a montar!)
- Sabemos que à terça feira aquela jornalista nunca bebe café depois do almoço (porque é o dia que bebe de manhã e para ela mais do que um café por dia faz mal).
- Passa-se qualquer coisa lá fora e a outra jornalista diz: “Marina, pega-me ai ao colo que eu não consigo ver”.
- O assessor de imprensa liga e diz: “não liguei antes porque já sei que à uma e meia vai almoçar”.
- Sabemos a hora a que as empregadas limpam a casa de banho e aguentamos o chichi até essa hora para podermos ir a uma casa de banho “acabadinha de limpar”.
(E contamos isso aos nossos colegas de trabalho que também deliram com a novidade)

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Cárpatos


Quem disse que a Transylvania é tenebrosa?

Rehab

Tenho um problema.

Já me tinham falado disto e ainda não se despoletou a 100% em mim mas dizem que está perto.
Um dia, debaixo de umas cervejas vespertinas, Miguel Costa disse-me: "o Problema com o Interrail é que vais ficar viciado em viajar..."

Ele ficou: http://rumoabuenosaires.blogspot.com/

Começo a sentir que isso se aproxima. Este último têm sido bastante activo em termos de deslocações e viagens. A verdade é que já tenho o bichinho cá dentro mas ainda não cresceu totalmente. E o problema vai ser quando crescer porque tenho muito para ver e pouco dinheiro para o fazer...

As minhas intenções:


Verão 2008 - Interrail
Páscoa 2009 - Irlanda e Escócia
(vou tar lá tão perto hehe)
Verão 2009 - SudAméricaRail
(Argentina, Chile, Bolívia e Peru.)
Verão 2010 - Expresso do Oriente 3- Month Pass
(Cazaquistão, Índia, Nepal, Vietnam e China)
E já começaram as preparações. Depois deste vício todo é Rehab com ele =)

A saga do saco de cama

Ontem descobri várias coisas que melhoraram (exponencialmente) a minha existência e tornaram a minha percepção do mundo muito, mas muito mais clara.
Estava eu à caça de um saco de cama ideal para os meus 25 dias de viagem, quando o senhor da loja vem perguntar-me se precisava de ajuda.
- Claro que sim, obrigado.
Não foi preciso dizer mais nada, já que ele começou logo a ajudar:
- O que eu lhe aconselho é este saco de cama aqui, porque é muito mais aconchegante e confortável.
Apesar de eu não saber fazer aqueles truques de mexer partes do corpo separadamente, senti que naquele momento houve um certo movimento de elevação da minha sobrancelha direita.
- Mas o que eu queria era um saco de cama quente e leve...
- Este é, e ainda tem mais uma vantagem.
Lá vem bomba.
- Imagine que compra este saco de cama, que como pode ver diz aqui “esquerdo”. Depois fala com o seu namorado ou companheiro ou amigo.. Quer dizer, suponho que tenha um, não é?
Leve acenar da cabeça e, desta vez, elevação das duas sobrancelhas e franzir da testa.
- Óptimo, então fala com ele e diz-lhe para comprar o que diz “direito”. Assim dá para juntar os dois sacos de cama e fazer quase uma cama de casal!
Devido ao meu silêncio assustado ele acrescentou:
- Eu e a minha namorada temos e garanto-lhe que assim tudo fica mais quentinho!
Um Hahahah e uma palmadinha no ombro.
Eu tinha certeza que não tinha acabado... eu sabia que estava para vir uma conclusão.
- Assim pode dormir ao relento e, mesmo assim, ter uma noite mais interessante!

Sob o olhar de desaprovação do senhor, preferi optar por outro saco de cama. Um realmente “leve e quente”.

E esta é a história de como o meu companheiro de viagem me vai amaldiçoar durante todo o interrail por não ter comprado o dito saco de cama que, alegadamente, nos poderia proporcionar noites mais "interessantes”.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

As Luvas e o Cantil

Hoje um amigo nosso partiu de interrail.
- Sem saco de cama, nem cantil – salientou o meu companheiro de viagem.
É interessante este mecanismo. Quanto mais se planeia uma viagem, mais se liga às ditas “mariquices”. Os talheres desdobráveis e o diário de bordo. O programa para descarregar as fotos e o canivete suíço.
Pergunto-me, frequentemente, se isso tudo será assim tão importante. E lembro-me sempre da história do único casamento a que fui.
O sonho da minha tia era casar de luvas. (há sonhos para tudo)
Eu era a dama de honor e, logicamente, também tive de “desfilar” com o acessório:
- É para combinar, Marina. Não lhe vais fazer essa desfeita.
Passei o dia todo do casamento a esfregar as ditas luvas (que me picavam) e a almadiçoa-las secretamente (não combinavam muito bem com o meu batom cor-de-rosa).
Até que a meio da cerimónia ouço alguém sussurrar no banco dos padrinhos:
- Oh não! A noiva esqueceu-se de pôr as luvas.
O casamento foi feliz e, afinal, as luvas nem eram assim tão importantes.

Agora que reli o texto achei que a necessidade de um cantil não se pode comparar à de umas luvas de casamento. Talvez, no fim das contas, este seja apenas um post para o meu companheiro de viagem ler e pensar:
- Lá está ela a divagar de novo. Aih o que eu vou ter de aturar!
E os meus amigos suspirarem:
- Uffa, safei-me de 22 dias de histórias da Marina.

terça-feira, 22 de julho de 2008

No sé!

Muita gente me pergunta: Quanto custa um interrail? A que países vais? Onde vais ficar? Que vais levar?
Resolvi, então, deixar aqui publicamente a minha resposta para evitar mais dúvidas (dudas em espanhol): N-ã-o s-e-i!
Não sei (no sé, em espanhol) porque ainda sou virgem nessas coisas. Mas, acima de tudo, não sei porque não quero saber! E é esse mesmo o espírito.
Uma mochila às costas e a Europa como destino.
Hoje mesmo discutia o facto de “toda a gente adorar opinar”
- Se fores à Croácia não percas tempo em ir a Zagreb (risca Zagreb da lista).
- Se fores à Grécia, Atenas é imperdível (põe Atenas na lista).
- Se não fores a Zagreb ficas sem conhecer a verdadeira Croácia (volta a pôr Zagreb na lista).
- Em Amsterdão fica no Flying Pig (marca o hostel)
- Ja fiquei no Flying Pig, mas o melhor é o Bulldog (desmarca)
- O que? Atenas? Isso é horrível. (!!!!!!!)
A verdade é que, como diz o meu companheiro de viagem (viaje em espanhol – El viaje, porque as palavras terminadas em “aje” são masculinas!):
- Se quisesse saber o que tu achas ter-te-ia convidado para vires comigo!
Isto tudo para concluir que:
Quando voltar vou estar sempre a opinar sobre o interrail dos outros (só para os irritar como fizeram comigo).
E, sim, tenho teste de espanhol amanhã (mañana en español).

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Marijuana e essas coisas...

Hoje a minha chefe perguntou-me:
- Sempre vais fazer interrail em Agosto?
- Sim!
(com sorriso derretido)
- Vais a que pais?
- Ah.. vou a muitos.
Segue-se a lista e a razão da lista. Os países, as capitais e as atracções turísticas.
- Ouvi dizer que nesses países há muita droga.
- Pois...

E a minha cabeça começou, automaticamente, a viajar num mar de possíveis entrelinhas. Numa fracção de segundos surgiu uma lista hierarquica numerada e ponderada de hipoteses:
- Deixa-te de drogas, puto.
- Manda-me uma “encomenda”.
- Olha que isso não é permitido na Media Capital.
- Quem me dera.
- Eu sei que há, porque já experimentei, mas não posso dizer isso porque sou tua chefe.

Mas, felizmente, ela esclareceu-me em tom de sussurro:
- Há marijuana e essas coisas. Isso depois dá chatices
E a entrelinha dizia:
- Se vais presa e não voltas, quem vamos explorar?

Dia 5



Dia cinco de Agosto começo o interrail.

Programação: Casa - Paris - Amsterdam - Berlin - Krakow - Praga - Vienna - Bratislava - Budapest - Transylvania - Bucharest - Zagreb - Ljubljana - Milano - Lyon - Casa...

Tradução: Casa - Croissant - Erva - Cerveja - Loiras - Arquitectura - Ópera - Castelos - Teatro - Drácula - Ciganos - Festas - Canais - Moda (?) hahaha - Descanso Merecido e Laetitia de Certeza - Casa

Tá quase...